sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Inconstante

        O que eu quero pra mim? No momento, nada. E peço que me deixe, pois o que eu mais preciso agora é de não precisar de nada, ninguém. Essa é a minha vez de pedir que não me abandone, mas me deixe sozinha. Eu te deixo ir se quiser, pode ir embora, afinal agora eu não preciso de você, mas se você quiser voltar daqui a uns dois segundos, quando eu mudar de idéia e ver que necessito de ti, esteja a vontade. Eu sei que isso não vai durar muito, mas é coisa minha nada com você, imagina.
       Quero voar chegar até as nuvens e depois quem sabe voar tão baixo que chegarei a tocar o mar com meu corpo, mas voando. Peço-te que não me apresse, podem ser apenas dois segundos, mas estes ainda são qualquer parte de um tempo, e se for dois dias ou dois meses, tanto faz, eu sei que vai passar e vou voltar a precisar de tudo de novo. Se quiser ficar vai ter que esperar, você sabe como sou, como sempre fui... Inconstante, sempre em mudança e com uma mania de querer sumir do mapa impressionante. Mas é o meu jeito caramba, mudar agora não faria sentido, apesar de que daqui a pouco posso não ser a mesma.
       Fique! Eu te peço! Mas me promete que não vai me segurar caso eu tentar me matar, até porque eu sei que só seria uma tentativa; Promete que vai me deixar livre, pra sair de perto de ti quando eu quiser e voltar quando você e até eu mesma menos esperar. Vai ter que ser assim, caso queira ficar enquanto eu não preciso mais de ti, mas só por esse momento. Depois disso, voltaremos ao normal, tudo como era antes. Tudo bem, talvez eu não possa prometer que será a mesma coisa de antes, mas farei o máximo pra que seja melhor, isso eu te prometo.
       E, sem querer abusar, talvez eu queira pedir mais uma coisa: Promete que, se depois eu não te querer mais, vai me obrigar a te amar, pois aí sim eu estaria louca, totalmente sem rumo, mais do que antes, e nada mais faria sentido.

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